REABILITAÇÃO PULMONAR NA SAÚDE E NA QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA COM DOENÇA RESPIRATÓRIA

  • Autor
  • Dária Rairana Rodrigues Nascimento
  • Co-autores
  • Sarah Bezerra Barbosa , Davi Almeida Viana , Mariana Saraiva Arruda , Ana Beatriz Lima dos Santos , Thaís Teles Veras Nunes
  • Resumo
  • Introdução: Doenças respiratórias são descritas como um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, principalmente as patologias que acometem a pessoa idosa. Entre as doenças mais prevalentes, pode-se apontar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), pneumonia, câncer de pulmão e COVID-19, as quais afetam, principalmente, populações a partir dos 60 anos. Tais doenças respiratórias são responsáveis por gerar significativo impacto funcional no cotidiano da pessoa idosa, uma vez que afeta não apenas a capacidade respiratória, mas também a funcionalidade em atividades de vida diárias (AVDs), a qualidade de vida e a interação social. Dessa forma, devido as limitações físicas que a população idosa apresenta decorrentes dos sintomas de patologias respiratórias, faz-se necessário cuidados frequentes através de tratamento com Fisioterapia especializada, criação de estratégias de promoção e prevenção em saúde, além de acompanhamento com assistência multidisciplinar. Objetivo: Investigar a eficácia de programas de reabilitação pulmonar na saúde e qualidade de vida da pessoa idosa com diagnóstico de doença respiratória. Metodologia: Trata-se de um estudo, do tipo revisão de literatura, realizado nos meses de abril e maio de 2025, o qual utilizou-se dos descritores "doença respiratória", "pessoa idosa" e "prevalência", indexados na plataforma DECs, pesquisados em inglês e português nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde, respectivamente. Foram encontrados 37 estudos, com 31 excluídos excluídos por não abordarem o tema proposto dessa revisão e por não atenderem aos critérios de inclusão como publicação nos últimos 5 anos e serem estudos de intervenção, totalizando o final de 6 artigos incluídos. Resultados parciais e Discussão: Os estudos apresentaram protocolos que incluem treinamento de força, realizado em domicílio em pacientes com DPOC comparando-se o tratamento usual com uma intervenção, denominada de HOMEX, na qual utilizaram uma cadeira e faixas de resistência em exercícios para membros inferiores, superiores e tronco durante 6 dias por semana em média de 20 minutos, por 12 meses, apresentando uma melhora na capacidade funcional através da avaliação do Teste de Sentar e Levantar de 1 minuto. Em um segundo estudo, a reabilitação pulmonar domiciliar foi estudada em pacientes com síndrome pós-COVID-19, que queixaram-se de fadiga, dispneia e intolerância ao exercício, receberam o protocolo de intervenção que incluiu caminhada regular de 30 a 60 minutos, 5 dias por semana, em ritmo normal durante 3 meses, treinamento muscular respiratório (fortalecimento diafragmático) por 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, de forma diária, durante 3 meses e treinamento resistido com 3 séries de 10 repetições, duas vezes ao dia, de 5 a 7 dias por semana, apresentando melhora no escore de grau de dispneia. Um outro estudo apresentou o protocolo para avaliação da força muscular respiratória em admissão e em domicílio, onde os pacientes deveriam seguir com os exercícios pulmonares 15 minutos, 3 vezes na semana com monitorização por telefonemas semanais e ao final do programa mostrou que houve melhora dos sintomas relacionados à força muscular respiratória. Um estudo sobre a adesão na reabilitação pulmonar precoce após internações por exacerbações da DPOC, realizou um programa ambulatorial ao longo de 7 semanas, sessões de 1 hora e 30 minutos 2 vezes por semana e sessões de educação em saúde multidisciplinar por 1 hora semanalmente, incluindo a supervisão de um fisioterapeuta com o treinamento de resistência e endurance em intensidade de moderada a alta e mostrou que iniciar a reabilitação pulmonar precocemente, logo após a alta hospitalar por uma exacerbação da DPOC, relaciona-se à diminuição do risco de nova internação e à melhora da capacidade física dos pacientes. No estudo com pacientes internados com pneumonia adquirida na comunidade buscou investigar o efeito do tratamento padrão combinado com ciclismo supervisionado no leito em 25 minutos de exercício contínuo e supervisionado em ciclo-ergômetro ou, exercícios do livreto que combina exercícios simples de resistência, apoio do peso corporal e caminhada para melhorar equilíbrio, força e resistência física sobre os riscos de tempo de internação, e readmissão. Este estudo mostrou para pacientes idosos, que a prática de exercícios durante a internação ajuda a compensar os efeitos negativos do repouso prolongado no leito sobre a força muscular e a função física e mostrou potencial para diminuir o risco e a duração das readmissões. No estudo com pacientes após ressecção pulmonar a partir de um programa domiciliar de exercícios e autogestão de três meses, conduzido remotamente por fisioterapeutas mostrou que o foco em estratégias de mudança de comportamento na intervenção pode ter efeito de longo prazo na função física e na capacidade de exercício observado além da conclusão do programa, onde a intervenção pode ter capacitado os pacientes a manter um estilo de vida fisicamente ativo por meio da autoeficácia e da formação de hábitos. Esses achados reforçam nossos conhecimentos sobre os benefícios da reabilitação iniciada logo após uma exacerbação e destacam a importância de aumentar a adesão a esse tipo de programa. Considerações finais: Foi possível observar a eficácia de diferentes programas e estratégias de reabilitação pulmonar em pacientes idosos com doenças respiratórias, como DPOC, Pneumonia, câncer de pulmão e pós covid-19. Os estudos demonstraram, também, impacto positivo na capacidade funcional, força muscular respiratória, melhora da capacidade e autoeficácia de exercícios, e qualidade de vida, embora nem todos tenham demonstrado melhora significativa dos sintomas clínicos como dispneia e fadiga. Além disso, as intervenções de suporte online e de educação em saúde mostraram-se seguros e com boa adesão, favorecendo a continuidade do trabalho além do ambiente hospitalar. Portanto, as evidências reforçam a importância de programas de reabilitação de doenças respiratórias na saúde da pessoa idosa, porém ainda são necessários estudos mais aprofundados e assertivos para a consolidação dos métodos.

  • Palavras-chave
  • Reabilitação. Doenças Respiratórias. Saúde do idoso.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Ciências da Saúde
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II Jornada Científica do PROMIC 2025 é uma iniciativa promovida pela Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) da Unifametro, com o objetivo de fomentar a divulgação e o acompanhamento do progresso dos projetos desenvolvidos no âmbito do Programa de Monitoria e Iniciação Científica (PROMIC).

Este evento celebra a dedicação de alunos e professores na construção do conhecimento científico, proporcionando um espaço para o intercâmbio de ideias, a reflexão crítica e o incentivo à produção acadêmica de excelência. Por meio da apresentação de resultados parciais e finais das pesquisas, a Jornada busca não apenas estimular o aprendizado interdisciplinar e o pensamento inovador, mas também reforçar o compromisso da Unifametro com a formação integral de seus discentes.

Convidamos todos a explorar os anais deste evento, que representam um marco significativo na trajetória acadêmica e científica da instituição, evidenciando o papel transformador da pesquisa na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

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Os resumos a serem submetidos à II Jornada Científica do PROMIC 2025 devem ser elaborados e formatados de acordo com as seguintes diretrizes:

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Título

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Autores

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  • Alinhamento: À direita.

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    • Objetivo: Descrever o objetivo principal do trabalho.
    • Metodologia: Informar o tipo de estudo, período de realização, sujeitos envolvidos e materiais/processos utilizados.
    • Resultados parciais e Discussão: Apresentar os resultados alcançados até o momento ou descrever as experiências observadas.
    • Considerações finais: Sintetizar os resultados, contribuições e limitações do projeto.
  • Fonte: Arial ou Times New Roman, tamanho 12.
  • Espaçamento: Simples, justificado.

Palavras-chave

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  • Fonte: Arial ou Times New Roman, tamanho 12.

Referências

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  • Ciências da Saúde
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Comissão Organizadora

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Antônio Adriano da Rocha Nogueira
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Comissão Científica

Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho

 

A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail coopem@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.